É utilizada para auxiliar a leitura e compreensão de discursos escritos, marcando três tipos de pausas, que são as:
- Que indicam que a frase ainda não acabou:
- Virgula (,)
- Travessão (-)
- Parênteses ( )
- Ponto-e-vírgula (;)
- Dois pontos (:)
- Que indicam final de período:
- Ponto final (.)
- Que indicam intenção ou emoção:
- Ponto de interrogação (?)
- Ponto de exclamação (!)
- Reticências (…)
Vírgula
Separa termos dentro da oração ou orações dentro do período. De modo geral, usa-se:
- Para separar o aposto explicativo:
“João, meu vizinho, bateu com o carro.” - Para separar o vocativo:
“Mãe, eu estou com fome.” - Para separar os termos de mesma função:
“Comprei arroz, feijão, carne e alface.” - Para assinalar a inversão dos adjuntos adverbiais (facultativa):
“Na semana passada, o diretor conversou comigo.” - Para marcar a supressão de um verbo:
“Uma flor, essa menina!” - Nas datas:
“São Paulo, 21 de novembro de 2004.” - Nos objetos deslocados para o começo da frase, repetidos por pronome enfático:
“A rosa, entreguei-a para a menina.” - Para isolar expressões explicativas, corretivas, continuativas, conclusiva, tais como: Por exemplo, além disso, isto é, a saber, aliás, digo, minto, ou melhor, ou antes, outrossim, demais, então, com efeito, etc.
- Para isolar orações ou termos intercalados (aqui se usam também, no lugar das vírgulas, travessões ou parênteses):
“A casa, disse Asdrúbal, precisa de reforma.”
“A casa – disse Asdrúbal – precisa de reforma.”
“A casa (disse Asdrúbal) precisa de reforma.” - Para separar as orações coordenadas assindéticas:
“Maria foi à feira, José foi ao mercado, Pedro preparou o almoço.” - Para separar as orações coordenadas ligadas por conjunções:
“Maria foi ao mercado, mas não comprou leite.” - Para separar as orações subordinadas explicativas:
“O homem, que pensa, é um ser racional.” - Para separar as orações subordinadas adverbiais:
- Para separar as orações reduzidas:
“Somente casando com José, você será feliz.”
Observação: A vírgula nunca separa: sujeito e predicado; verbo e complemento; termo regente nominal e complemento nominal.
Ponto-e-vírgula
- Para separar as partes de um enunciado que se equivalem em importância:
“A borboleta voava; os pássaros cantavam; a vida seguia tranquila.” - Para separar séries frásicas que já são interiormente separadas por vírgula:
“Em 1908, vovô nasceu; Em 1950, nasceu papai.” - Para separar itens de leis, decretos, etc:
“Art. 12. Os cargos públicos são providos por: I – nomeação; II – promoção; III – transferência (…).”
Dois-Pontos
- Antes de uma citação:
“Exemplo: “Esta minha a que chamam prolixidade, bem fora estaria de merecer os desprezilhos que nesse vocábulo me torcem o nariz.” (Rui Barbosa)” - Antes de aposto discriminativo:
“A sala possuía belos móveis: sofá de couro, mesa de mogno, abajures de pergaminho, cadeiras de veludo.” - Antes de explicação ou esclarecimento:
“Todos os seres são belos: um inseto é belo, um elefante é belo.” - Depois do verbo dicendi (dizer, perguntar, responder, falar etc):
“Maria disse: – Meu Deus, o que é isso!?”
Ponto final
- No final do período, indicando que o sentido está completo:
“A menina comeu a maçã.” - Nas abreviaturas: Dr., Sr., pág.
Ponto de interrogação
- Usa-se nas interrogativas diretas:
“O que você esconde aí?”
Ponto de exclamação
- Depois de qualquer palavra ou frase, na qual se indique espanto, surpresa, entusiasmo, susto, cólera, piedade, súplica:
“Tenha pena de mim! Coitado sou eu!” - Nas interjeições:
“Ah! Vixe!” - Nos vocativos intensivos:
“Senhor Deus dos desgraçados! Protegei-nos.”
Reticências
- Para indicar supressão de um trecho nas citações:
“… a generosidade de quem no-la doou. (Rui Barbosa)” - Para indicar interrupção da frase:
“Ela estava… Não, não posso dizer isso.” - Para indicar hesitação:
“Acho que eram… 12 horas… não sei ao certo, disse Jocasta.” - Para deixar algo subentendido no final da frase:
“Deixa o seu coração dizer a verdade…”