Diretora de pesquisa do Gartner, Rita Sallam, afirma que usuários são impacientes e TI precisa trabalhar para que projeto atenda usabilidade, velocidade e relevância.
Há cinco anos as soluções de análise aparecem na lista de prioridades dos CIOs elaborada anualmente pelo Gartner. Para 2012, essa tecnologia está no topo do ranking. Em tempo de big data, fazer um uso adequado e inteligente das informações nunca foi tão importante e não é a toa que a adesão deve crescer e, finalmente, muitos projetos de BI deslancharão.
Para se ter uma ideia de como anda o mundo do BI e das soluções analíticas, Rita Sallan, diretora de pesquisa do Gartner, afirmou, em apresentação no MicroStrategy World 2012, que apenas 28% dos potenciais usuários de BI têm acesso à plataforma atualmente. Embora a projeção aponte que, até 2020, esse nível deva chegar a 70%, a especialista entende que existem três elementos chave para ampliar a adesão: usabilidade, velocidade e relevância.
“As pessoas estão no Twitter, Facebook, Foursqaure, então é preciso pensar dessa forma. Fácil de usar, interface amigável, acesso rápido, senão não terá adoção. Os dispositivos móveis propiciam isso também”, avisa Rita.
Vamos, então, aos pontos levantados pela especialista:
– Impaciência: os usuários de BI estão cada vez mais impacientes e não querem um manual para uso do produto. Isso só reforça a necessidade de escolher um software que seja fácil de usar. “O critério número um de escolha é usabilidade”, aponta.
– Visual: nunca a estética esteve tão em alta na tecnologia quando o assunto é software e não hardware. O apelo visual das soluções tem sido extremamente importante, uma vez que está totalmente ligado à facilidade de uso. Rita lembra que dashboards e visualizações diversas têm crescido nos pedidos feitos tanto por usuários quanto por CIOs. As pessoas querem e precisam de algo que facilite o entendimento.
– Mobilidade: não há como fugir. A quantidade de usuários móveis nas empresas cresce a cada dia, assim como aqueles que fazem uso de soluções de BI e análises de forma geral. Eles querem o software disponível no tablet e no smartphone. Para a especialista, o mercado tem respondido bem. E, neste ponto, usabilidade, relevância e velocidade são mais que essenciais.
De acordo com o Gartner, até 2014, 33% dos softwares de análise serão consumidos por dispositivos móveis. Até o final deste ano, ao menos 55% das organizações que lançarem projetos de BI, os farão já com o lançamento móvel. Por fim, o instituto prevê que, até 2015, os projetos de desenvolvimento de BI em mobilidade ultrapassarão os projetos em PCs. “Trata-se de uma grande mudança de cenário”, entende Rita.
Fonte: Information Week