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Serviços e processos

De modo geral, a área de TI tem contribuído com as organizações não somente na automação de seus processos, mas também na própria redefinição de como esses processos são realizados.

A atividade de modelar (e remodelar) processos vem sendo desenvolvida com frequência, com significativa participação dos profissionais de TI, pois, ao implantar novos sistemas, é necessário também criar novos processos e/ou transformar processos antigos de trabalho em novas formas de trabalhar.

Porém, a própria área de TI, por muito tempo, não trabalhou seus próprios processos internos de trabalho. Algo que lembra o ditado da “casa de ferreiro e espeto de pau”. Paradoxal, não é mesmo?!

Recentemente, uma nova tendência se apresenta: a organização e padronização dos processos de trabalho da área de TI.

Se a organização da área de TI for concebida somente por uma visão funcional (em que as diferentes funções dos setores de uma empresa sejam realizadas de forma independente, preocupando-se apenas com o cumprimento de sua tarefa), essa forma de estruturação pode não ser a melhor saída para prover serviços rápidos e ágeis.

É importante você observar que, quando cada uma das funções está apenas preocupada em cumprir a sua parte de uma tarefa, perde-se a visão do cliente e dos resultados por ele esperados, pois cada função está preocupada apenas com a sua parte e não com a solução de um problema maior.

Por outro lado, quando a área passa a ser estruturada também em torno de processos, as atividades se tornam mais integradas e diferentes profissionais se tornam mais comprometidos com a entrega de um serviço único, estruturado em torno de um modelo integrado de trabalho.

Essa é uma visão menos hierarquizada e mais horizontalizada de trabalho. Processos atravessam horizontalmente o setor de TI, por isso é preciso identificar e aperfeiçoar as interfaces entre as subfunções existentes dentro dele.

Veja, por exemplo, o caso de um pedido de suporte pelo usuário. O cliente (usuário) manifesta um problema, e a ele não importa exatamente quem lhe trará a solução ou de que natureza ela é. A solução pode demandar o envolvimento de várias subáreas de TI, como a área de sistemas e de redes ao mesmo tempo. A área de TI precisa ter, portanto, condições de diagnosticar e mobilizar, a partir de um pedido do cliente, os recursos e pessoas necessários para a solução do problema.

Esta forma de organização funciona melhor quando os processos de trabalho são padronizados e integram as diferentes competências que se encontram reunidas no setor de TI.

Nesse sentido, pense: Qual a relação entre serviços e processos?

Bem, é muito ampla. Como os serviços são atividades abstratas e imateriais e também dependem dos indivíduos que prestam o serviço, a definição dos processos de serviço se torna essencial para trazer maior controle e eficácia.

Desta forma, a modelagem e desenho dos processos da área de TI tornam-se uma prática bastante saudável e recomendável.

Veja na figura a seguir uma representação gráfica de um processo de atendimento de suporte que integra o usuário, a central de atendimento, o supervisor de suporte, a equipe técnica e, até mesmo, um suporte externo terceirizado (caso necessário).

Observe:

Observe que, ao desenhar o processo, ele será padronizado e uniformizado. Ou seja, todas as pessoas envolvidas neste processo estarão com a mesma visão sobre ele, inclusive os usuários.

É possível também, a partir de seu desenho, identificar a interdependência entre as atividades (ou subprocessos). Trata-se de uma ferramenta de comunicação bastante objetiva e útil a todos os envolvidos.

Para que se tenha sucesso na abordagem processual, cada processo precisa ter um dono, o responsável por sua definição, gerenciamento e demonstração de resultados perante a organização.

Um processo é formado por diversas atividades, e esta é composta por uma sucessão de tarefas. Cada atividade tem entradas e saídas que são transformadas em cada atividade.

As atividades de prestação de serviços podem ser de vários tipos, desde as mais padronizadas e rotineiras até as atividades mais raras e, portanto, de difícil padronização.

Neste sentido, Johnston e Clark (2002) destacam três tipos de processo de serviço, que podem ser assim descritos:

Observe que, conforme a organização, o mesmo processo pode ser rotineiro ou estranho. Em organizações acostumadas a fazer implantações do mesmo sistema (por exemplo, os fornecedores desses sistemas), o processo pode se tornar menos estranho que em uma organização que nunca fez isso.

Autor: Rodrigo Santana e Ana Luísa Mülbert

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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