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ITIL v3 – Transição de Serviço – Parte 1

A Transição de Serviço é composto por um conjunto de processos e atividades para a transição de serviços no ambiente de produção. Aqui, deve-se encarar como um projeto de implantação, pois neste estágio do ciclo de vida precisamos gerenciar bem os recursos para implantar com sucesso um novo serviço ou uma alteração em um existente.

Irei abordar aqui os Gerenciamentos:

Gerenciamento de Mudança

As mudanças podem ser levantadas por várias razões, sendo elas do tipo proativa, para gerar benefício ao negócio (reduzir custos e melhorar os serviços, por exemplo) ou de forma reativa, para resolver erros e adaptar-se a circunstâncias de mudança.

“Mudança de Serviço” é a mudança de um serviço existente ou introdução de um serviço novo, ou seja, é a adição, modificação ou remoção de um serviço autorizado, planejado ou suportado ou componente de serviço e sua documentação associada.

“Requisição de Mudança (RDM)” é uma solicitação formal de mudança que busca alterar um ou mais Itens de Configuração, podendo ser uma Requisição de Serviço, chamada na Central de Serviços, documento do início do projeto. Cada tipo de mudança pode requerer diferentes tipos de Requisição de Mudança.

Os negócios de uma organização mudam frequentemente, pois as empresas se vêem obrigadas a melhorar seus produtos e serviços por questões de competitividade no mercado.

A TI precisa estar pronta para mudanças nos negócios ao mesmo tempo em que precisa buscar estabilidade na infraestrutura de TI. Toda mudança precisa ser feita com cautela para evitar incidentes, interrupções nos serviços atuais e até retrabalhos. Ao mesmo tempo que se a TI for muito demorada para estas mudanças, pode atrapalhar o andamento da empresa diante da concorrência. Diante disso, existe a necessidade de processos que controle, considere e trate os riscos destas mudanças.

O Gerenciamento de Mudança não garante que os risco deixaram de acontecer, mas devem mitigar ao máximo esses risco, de forma que eles sejam previsíveis e gerenciados.

Seus principais objetivos são:

As Requisições de Mudança (RDM) estão classificadas em três categorias:

As atividades seguem o seguinte fluxo:

  1. Criar e registrar a RDM – A RDM pode vir acompanhada de uma proposta de mudança que explica as facilidades que serão criadas para uma unidade de negócio, ou por que o Gerente de Problema quer implantar esta mudança para resolver um problema;
  2. Revisar a RDM – As partes envolvidas verificam se a RDM é viável, necessária, está com as informações completas e se já não existe um outro registro em aberto. Esta atividade normalmente é feita pelo Gerente de Mudança;
  3. Avaliar a Mudança – Aqui é feita a análise de risco para o negócio, a probabilidade de um risco acontecer e seu possível impacto;
  4. Autorizar a Mudança – Após a avaliação, a RDM será aceita ou não para executar a sua implantação;
  5. Coordenar a implantação – As RDMs autorizadas devem ser passadas para os grupos técnicos construírem a mudança, sendo o Gerenciamento de Mudança responsável apenas por controlar e coordenar, mas não de executar em si as mudanças;
  6. Revisar e encerrar – As mudanças implantadas, com exceção da Mudança Padrão, precisam ser avaliadas após certo tempo, se a mudança cumpriu o propósito inicial, se os usuários ficaram satisfeitos, se ocorreu algum efeito colateral, e se os custos e esforços estimaram excederam;

O Ger. de Mudanças tem forte vínculo com o Ger. da Configuração, pois é este último quem irá fornecer informações sobre os Itens de Configuração (ICs) que fazem parte da mudança. Através do Sistema de Gerenciamento da Configuração (SGC) o Ger. de Mudança pode avaliar os riscos e impacto da mudança. Sendo assim, o Ger. de Mudança troca informações com o Ger. da Configuração e também avisa-o quando as mudanças forem feitas com sucesso, para que o SGC seja atualizado.

Gerenciamento da Configuração

Este é o processo que identifica todos os Itens de Configuração (ICs) necessários para entregar o serviço de TI, onde irá fornecer um modelo lógico de infraestrutura de TI em que os serviços de TI são relacionados com os diferentes componentes necessários para fornecer o serviço.

Ele é o responsável pelos registros e atualizações dos Itens da Configuração e seus relacionamentos, não sendo apenas utilizado pelos processos da Transição de Serviço, mas também por todos os outros processo do ciclo de vida do serviço.

Entenda como Itens de Configuração:

Algumas características do Ger. da Configuração são:

Muitas empresas não sabem o que possuem em sua infraestrutura nem o que entregam aos clientes. Quando se conhece a estrutura de TI, torna-se mais fácil gerenciá-la.

Seu objetivo principal é definir e controlar os componentes de serviços e infraestrutura, e manter informações precisas no histórico sobre configuração, estado dos serviços e infraestrutura atual e planejada.

Seu funcionamento básico é o seguinte, baseia-se nas informações sobre os ICs  que são mantidos no Banco do Gerenciamento de Configuração (BDGC), onde ele alimenta o Sistema de Gerenciamento da Configuração (SGC), que é o repositório central de informação que servirá de suporte para todos os outros processos de Gerenciamento de Serviços. É necessário que todas as informações estejam atualizadas e corretas, pois outros processos dependem destas informações.

As principais atividades do Ger. da Configuração são:

  1. Gerenciamento e planejamento – Define o escopo do que será controlado (serviços, aplicativos, infraestrutura, locais), políticas, papéis e responsabilidades, interfaces com outros processos, ferramentas a serem usadas, etc;
  2. Identificação da configuração – Define o critério para seleção de ICs e seus componentes, seleciona os ICs e componentes, associa um ID para cada IC especifica atributos relevantes;
  3. Controle da identificação – Garante que os ICs sejam gerenciados adequadamente, ou seja, nenhum deles podem ser removidos, alterados ou inseridos sem um procedimento definido;
  4. Controle de status e relatório – Controla o status do IC ao longo do seu ciclo de vida (em teste, em produção, em manutenção, aposentado);
  5. Verificação e Auditoria – Conduz auditoria para assegurar que as informações registradas conferem com a situação atual.

Gerenciamento de Deliberação/Liberação e Implantação

Assim que o Ger. de Mudança aprova uma mudança, o Ger. de Liberação pode entrar em ação para liberar novas versões de software/hardware no ambiente de produção. O Ger. de Liberação entra na etapa final, quando a mudança já foi desenvolvida e precisa ser liberada no ambiente de produção. Este processo vai se preocupar com os aspectos relacionados com a liberação de serviço, incluindo montagem do pacote da nova versão (empacotamento), instalação, treinamento de usuários e equipe de suporte.

Sua meta é distribuir liberações dentro da produção e estabelecer o uso efetivo de serviços, sendo assim, o valor pode ser entregue ao cliente e o serviço pode ser gerenciado pelo pessoal de operações. Este gerenciamento é responsável pelo controle de versões e instalação do software, hardware e outros componentes da infraestrutura, do ambiente de desenvolvimento ao ambiente de testes e depois para o ambiente de produção. Ele não é responsável pela mudança em si, mas sim pela sua liberação.

Seus objetivos principais são assegurar que:

Deve-se tomar três decisões importantes relacionadas à implantação de um serviço:

Existem diversas formas de implantação, cada um com um impacto e recursos diferenciados, que devem ser analisados para que haja um bom resultado:

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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