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Gerenciamento do Tempo do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento do tempo

Gerenciamento do tempo

O gerenciamento do tempo inclui os processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto, logo o cronograma é uma das principais restrições dos projetos.

Este capítulo possui 7 processos, sendo 6 deles na fase de planejamento e apenas 1 no monitoramento e controle. Veja abaixo:

Iniciação Planejamento Execução Monitoramento e Controle Encerramento
6.1 Planejar o gerenciamento do cronograma 6.7 Controlar o cronograma
6.2 Definir as atividades
6.3 Sequenciar as atividades
6.4 Estimar os recursos das atividades
6.5 Estimar a duração das atividades
6.6 Desenvolver o cronograma

Visão geral da área

6.1  Planejar o Gerenciamento do Cronograma — O processo de estabelecer as políticas, os procedimentos, e a documentação para o planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto.

6.2 Definir as Atividades — O  processo de identificação e documentação das ações específicas a serem realizadas paraproduzir as entregas do projeto.

6.3 Sequenciar as Atividades — O processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto.

6.4 Estimar os Recursos das Atividades — O processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, recursos humanos, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.

6.5 Estimar as Durações das Atividades — O processo de estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos estimados.

6.6 Desenvolver o Cronograma — O processo de análise das sequências das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o modelo do cronograma do projeto.

6.7 Controlar o Cronograma — O processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma para realizar o planejado.

Considerações

Existem alguns termos que devem ser conhecidos:

Dados do cronograma – Informações usadas para descrever e controlar o cronograma.

Ferramentas de cronograma – Fornecerá nomes, definições, relacionamentos estruturais e formatos de componentes do cronograma.

Métodos de cronograma – Define estrutura e cálculos usados para criar o modelo do cronograma via ferramentas do cronograma.

Modelo de cronograma – Uma representação do plano de execução das atividades do projeto incluindo durações, dependências e outras informações de planejamento usadas para produzir um cronograma de projeto.

Cronograma de projeto – Resultados de um modelo de cronograma que demonstra a conexão de atividades com suas datas, durações, marcos e recursos planejados.

Linha de base do cronograma – Versão aprovada de um modelo de cronograma.

Processos

6.1 Planejar o gerenciamento do cronograma

É o processo de estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação para planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto.

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6.2 Definir as atividades

É o processo de identificação das ações específicas a serem realizadas para produzir as entregas do projeto.

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6.3 Sequenciar as atividades

É o processo de identificação e documentação dos relacionamentos entre as atividades do projeto.

É comum a utilizar de um diagrama de rede para mostrar a ordem das atividades, com suas precedências, por exemplo.

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Dependências

A respeito das dependências, existem 3 tipos de categorias:

  1. Dependências obrigatórios (mandatórias):
    – Chamada de lógica rígida;
    – Ex.: precisa levantar as paredes da casa antes de construir o telhado.
  2. Dependência arbitradas:
    – Chamada de lógica fina ou lógica preferida;
    – São baseadas em algum aspecto específico do projeto onde uma determinada sequência é preferida (boas práticas de mercado);
    – Ex.: Não iniciar a pintura das paredes antes de concluir todo o acabamento da casa, pois pode danificar a pintura caso seja feita antes disto.
  3. Dependências internas:
    – As dependências internas envolvem uma relação de precedência entre as atividades do projeto e estão geralmente sob o controle da equipe do projeto;
    – Ex.: A equipe do projeto precisa montar uma máquina antes de testá-la.
  4. Dependências externas:
    – Quando há relacionamento entre atividades do projeto e atividades fora do projeto;
    – Ex.: a construção do prédio só inicia após uma autorização da prefeitura.

Método do Diagrama de Precedência (MDP)

Término para início (TI)
Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode começar até que uma atividade predecessora tenha terminado.

Término para término (TT)
Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode terminar até que a  atividade predecessoratenha terminado.

Início para início (II)
Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode ser iniciada até que uma atividade predecessora tenha sido iniciada.

Início para término (IT)
Um relacionamento lógico em que uma atividade sucessora não pode ser terminada até queuma atividade predecessora tenha sido iniciada.

Método do Diagrama de Precedência (MDP)

Antecipação e espera

Uma antecipação (lead time) é a quantidade de tempo que uma atividade sucessora pode ser adiantada em relação a uma atividade predecessora. A antecipação é
frequentemente representada como um valor negativo de espera no software de cronograma.

Uma espera (lag time) é a quantidade de tempo que uma atividade sucessora será atrasada em relação a uma atividade predecessora.

Antecipação e espera

6.4 Estimar os Recursos das Atividades

É o processo de estimativa dos tipos e quantidades de material, pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada atividade.

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6.5 Estimar as Durações das Atividades

É o processo de estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com os recursos estimados.

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Saídas

É preciso entender a diferença que existe entre os termos esforço da atividade e a duração da atividade. Veja:

Esforço da atividade: É a quantidade de horas/homem necessárias para concluir uma atividade. É usualmente medido em unidades como horas de trabalho.

Duração da atividade: É a extensão total do período de trabalho necessário para concluir uma atividade. Geralmente equivale ao tempo de trabalho desde o início até o término de uma atividade conforme definido pelo calendário do projeto e de recursos.

Técnicas de estimativas da duração das atividades

Estimativa análoga (top-down): Compara as atividades do projeto atual com as atividades de um projeto que a organização já fez. É usada quando há pouca informação disponível para uma estimativa detalhada. Frequentemente é aplicada no início do projeto. Sua vantagem é porque pode ser feita mais rapidamente, mas por outro lado é menos precisa e os projetos anteriores precisam ser similares de fato.

Estimativa paramétrica: Usa padrões de projetos anteriores e aplica no projeto atual. Pode ser aplicada a uma parte pequena no projeto ou ao projeto inteiro. Sua vantagem pode ser mais precisa que a análoga ou a bottom-up, mas por outro lado precisam ter informações históricas confiáveis de projetos anteriores e nem sempre os parâmetros são escaláveis.

Estimativa de três pontos (PERT): Têm como origem a técnica de revisão e avaliação de programa (PERT). São usadas quando existe um alto grau de incerteza ou riscos envolvido em uma estimativa. Esta técnica usa três estimativas (otimista, pessimista e a mais provável) para definir uma faixa aproximada para a duração de uma atividade.

Existem duas fórmulas para isto:

  1. Distribuição beta: tE = (tO + 4tM + tP)/6
  2. Distribuição triangular: tE = (tO + tM + tP)/3

Nível/Intervalos de confiança

É ideal a utilização de uma faixa de aproximação para se calcular a duração quando se tem muitas incertezas (riscos envolvidos). Antes de calcular esta faixa, precisamos saber o desvio padrão a partir da duração esperada.

Fórmula do desvio padrão de uma atividade: (P-O)/6

Valores padrões:
1 sigma = 68,26%
2 sigma = 95,46%
3 sigma = 99,73%
6 sigma = 99,99985%

Intervalos de confiança

6.6 Desenvolver o Cronograma

É o processo de análise de sequências das atividades, suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o modelo do cronograma do projeto. Ou seja, iremos coletar tudo o que foi feito nos outros processos e iremos de fato montar o modelo do cronograma, a representação de um plano para executar as atividades do projeto.

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Método do caminho crítico (MCC)

É determinar o caminho mais longo no diagrama de rede, o início mais cedo e mais tarde que uma atividade pode começar e o termino mais cedo e mais tarde que uma atividade pode ser completada.

Ele tem maior duração ou menor tempo no qual o projeto pode ser completado. Neste caso, é o caminho de menor folga ou folga zero. Caso haja atrasos em qualquer atividade no caminho crítico, a data de entrega do projeto será comprometida.

Folga livre: é quanto tempo uma atividade pode atrasar sem atrasar a data de Início Mais Cedo de suas sucessoras.
FL = IMC – TMC

Folga total: quanto tempo uma atividade pode atrasar o seu início sem atrasar a data de término do projeto. Sempre utilizar a mesma atividade.
FT = IMT – IMC ou FT = TMT – TMC

Diagrama de PERT

Método da corrente crítica

Este método parte da premissa que as estimativas das atividades foram feitas utilizando contingências e, portanto, muitas atividades podem terminar antes do tempo previsto.

Usa as estimativas mais agressivas para as atividades, reconhecendo que estas podem terminar com atraso. Cria buffers (reservas) para levar em consideração recursos limitados e incertezas do projeto:

Técnica de compressão de cronograma

Paralelismo (fast tracking): Consiste em realizar atividades em paralelo em vez de ser sequencialmente.

Compressão (crashing): Consistem em adicionar recursos para realizar as atividades, mas sem alterar o sequenciamento. Isto pode ser feito incluindo a contratação de novos recursos, aluguel de recursos adicionais, pagamento de horas extras ou pagamento de extras para acelerar as entregas.

6.7 Controlar o Cronograma

É o processo de monitoramento do andamento das atividades do projeto para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do cronograma para realizar o planejado.

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Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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