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Os “sobrinhos” da Web

Quantas vezes, você empresário ou qualquer tipo de profissional, não já procurou alguém para fazer um site para seu negócio e achou caro?

Possivelmente, você deve ter passado pela seguinte situação:

– Quanto custa para fazer um site para meu negócio?
– Depende. Preciso saber do que seu site se trata, o design, se vai ser estático ou dinâmico, se vai precisar programação e banco de dados, você mesmo pretende atualizar o site com notícias através de um painel ou eu mesmo terei que atualizar? etc… etc… etc…
– Quero que meu site tenha isso, aquilo e aquilo outro…
– Ok. Seu site ficará por 3 mil.
– Nossa! Isso tudo? Deixa pra lá, vou pedir ao meu “sobrinho” para fazer um site pra mim.

É interessante como as pessoas não procuram saber o histórico do profissional que ele está conversando e pedindo um orçamento. Eu sempre aviso aos meus clientes como eles devem proceder para saber se um profissional da área de informática é um bom profissional, fazendo com que ele pergunte por outras referências de trabalhos que fazem parte do portfólio do profissional que está a sua frente.

Bons profissionais ficam loucos ao ouvir que aquela pessoa vai chamar seu “sobrinho” para fazer aquele trabalho. Infelizmente, isso acontece muito. Como dizia um professor meu “Isso é uma prostituição profissional”.

Nós, profissionais desta área, perdemos tempo pesquisando, criando um orçamento e um layout, calculando o prazo de entrega para que tudo fique em perfeita ordem e sempre buscando um preço justo pelo nosso trabalho. Afinal, nós estudamos muito, quebramos muito a cabeça – até com as coisas mais simples que aparece nos trabalhamos que já fizemos, passamos várias madrugadas para cumprir com os prazos, dinheiro gastos com cursos de aperfeiçoamento, palestras e eventos (até viagens), workshops, fora outras coisas desse gênero.

Esse “sobrinho” sempre acaba achando que pode fazer um site de “alto nível” porque achou um site na internet com um tutorial bem legal ensinando a fazer aquelas imagens extravagantes cheio de efeitos de luzes. E realmente ele consegue fazer um site de “alto nível”, só que é de INEXPERIÊNCIA, que acaba só trazendo dor de cabeça para o empresário e também ao profissional de verdade, que perdeu seu cliente.

Agora eu estou falando de “sobrinhos” da área de informática, especificamente os que se chamam de “web designers ou web masters”, mas isso não só acontece na minha área. Já ouvi muitas histórias de “sobrinhos” como personal trainer, programadores, mecânicos, borracheiros, administradores e até mesmo advogados.

Hoje em dia é muito fácil surgir um “sobrinho”, pois as facilidades que a internet vem trazendo rapidamente para todos nós usuários é absurda. É fácil uma pessoa simplesmente baixar e instalar um sistema de gerênciamente de conteúdo de portais, os chamados “CMS – Content Management System”, procurar um layout gratuito bonitinho e pronto! O sobrinho iria dizer: “FIZ um SITE!”. Isso é uma frase mortífera para nós, profissionais. Fora isso, temos os softwares que possibilitam montar um site com quase nenhum conhecimento em HTML, o que seria o básico para se montar uma página de internet, como o Front Page e Dreamweaver (por favor, não vamos discutir aqui qual deles é melhor, não estou fazendo comparações de softwares, isso pra uma próxima postagem), e que com um software desse tipo que surge um “sobrinho web designer”. Os empresários esquecem que estudamos muito para trabalhar com o máximo dos recursos disponíveis através dessas ferramentas.

Você pode estar até pensando que tudo isso é conversa de quem não arranja um cliente para fazer um trabalho. Sinto muito, mas é aí que você está enganado. Simplesmente estou mostrando a realidade e contando meus conceitos de uma história que é muito comum de acontecer com qualquer pessoa, onde temos que concertar a besteira que o sobrinho fez ou deixou pela metade. Lógico que perde um cliente é ruim, pior ainda quando é pra um “sobrinho”. Sinceramente, é muito ruim ter que continuar um trabalho pela metade de um “sobrinho”, praticamente desarmar uma bomba atômica, e ainda mais quando a gente termina o site e descobre que o tal “sobrinho” ainda bota os créditos para si, dizendo que foi ele quem fez o trabalho todo.

Se você é um iniciante no ramo e não quer se tornar um “sobrinho”, abaixo vão algumas dicas:

Bom, acho que já dá pra mudar, ou pelo menos refletir melhor, sobre certos tabus existentes a respeito verdadeiros profissionais, incluindo os Web Designers.

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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