Será que você é um alvo fácil para os hackers?

Se um hacker quisesse arruinar sua vida, o quão difícil seria alcançar esse objetivo? A resposta, provavelmente, é que seria muito mais fácil do que você pensa. Veja como diminuir os riscos.

Quando o repórter Mat Honan, do Wired News, teve sua vida digital invadida, em agosto , e posteriormente, praticamente eliminada, a perda significativa de dados que ele sofreu não foi a parte mais assustadora da experiência. Muito mais aterrorizante foi o método pelo qual os hackers tiveram acesso a suas contas digitais.

Usando façanhas inteligentes de engenharia social, eles se passaram por Honan e conseguiram extrair bits-chave de informações pessoais da Amazon e do suporte ao cliente da Apple. Com os dados críticos em mãos, bloquearam Honan de sua conta do Google, comandaram seu fluxo no Twitter, assumiram o controle de seu número de ID da Apple e limparam seus dispositivos pessoais.

Se um hacker quisesse arruinar sua vida, seja por roubo de identidade, ou por um simples esquema de limpeza dados como o de Honan, o quão difícil seria de conseguir alcançar esse objetivo? A resposta, provavelmente, é que seria muito mais fácil do que você pensa.

Você é um alvo fácil?

De acordo com pesquisa recente da Harris Interactiva,  encomendada pela Dashlane, empresa que gerencia senhas e dados pessoais, a maioria dos americanos com acesso à internet está preocupada que seus dados pessoais possam ser usados online sem o seu conhecimento. Aproximadamente 88% dos 2.208 adultos entrevistados disseram estar pelo menos “um pouco preocupado”, e 29% afirmaram estar “extremamente preocupado”. Além disso, três em cada cinco entrevistados estavam preocupados se eram vulneráveis a serem invadidos.

John Harrison, gerente de grupo no Symantec Security and Response, diz que as pessoas devem realmente ficar preocupadas, porque estão compartilhando mais do que pensam. Como as redes sociais, registros públicos e brechas de segurança de alto perfil são tão comuns, que um monte de informações potencialmente confidenciais estão apenas flutuando ao redor da Internet.

“Cada pedaço de informação contribui para o quebra-cabeça”, diz Harrison. “Nós não colocamos tudo para fora de uma vez, mas eventualmente tudo se encaixa. Por exemplo, você pode não colocar seu aniversário completo no Facebook, mas não é difícil para alguém descobrir em que ano você se formou no colegial e somar dois mais dois.”

Proteja-se da forma mais fácil

Se você usa a Internet  de maneira significativa – envio de e-mails, upload de fotos, frequenta redes sociais, compra online – seu perfil provavelmente já está flutuando no éter. E mesmo que você não tenha fique online tanto tempo assim, pedaços de seus dados pessoais podem estar disponíveis para visualização via registros públicos digitalizados. Uma pessoa interessada poderia facilmente descobrir se você tem uma hipoteca, por exemplo, ou se você recentemente se casou ou divorciou.

Você provavelmente sabe que uma senha de cinco caracteres típica, só com palavras, é fácil de quebrar, e talvez confie em algo muito menos penetrável. Mas provavelmente você não tem tempo ou memória suficiente para se lembrar sempre de uma mistura complicada de números e letras. Então, aqui estão algumas rápidas e fáceis dicas de segurança que irão reduzir drasticamente o seu nível de “hackeabilidade”.

Pesquise seu nome: Antes de começar a se preocupar, é uma boa ideia pesquisar por você mesmo para obter uma noção sobre quanta informação está disponível. Digite seu nome no Google, tanto com aspas como sem, e com palavras-chave relevantes, tais como seu endereço, número de telefone, endereços de e-mail, cargo, empresa e universidade.

Veja o que encontrar e tente olhar para a informação da maneira como um hacker o faria. Há dados suficientes lá para alguém juntar os pedaços e concluir sua vida? Se assim for, você precisa tomar medidas para melhorar sua segurança pessoal.

Use frases como senhas: Senhas são um problema de segurança complicado. As melhores, geradas por computador, são uma misturas de letras, números e caracteres especiais (tais como pontos de exclamação e pontos de interrogação). Infelizmente, as sequências de caracteres alfanuméricos resultantes são também extremamente difíceis para a maioria das pessoas se lembrar. Mas já que a maioria das senhas é hackeada por métodos de força bruta  – isto é, tendo um computador passando por todas as combinações possíveis de caracteres -, senhas mais longas são mais seguras, simplesmente porque demoram mais para serem descobertas.

Esteja atualizado: Uma das maneiras mais fáceis para impedir que intrusos comprometam seu computador é ter certeza de que você está sempre rodando a versão mais recente de todos os aplicativos, incluindo seu programa antivírus.

Priorize contas: Você pode não ser capaz de se lembrar de senhas complexas para cada conta que possui, e na há problema nisso. Segundo Doug McLean, diretor sênior de marketing de produto na McAfee’s Global Threat Intelligence, a média online norte-americana tem mais de 100 contas, mas nem todas são importantes.

Em vez de criar senhas diferentes para cada conta, crie senhas únicas apenas para as contas importantes de email, transações bancárias online, redes sociais e outras que contenham informações confidenciais. Para aquelas relativamente triviais, como painéis de mensagens, não há problema em usar uma senha insegura.

Minta: Tenha cuidado com as informações que você dá para sites aleatórios. Claro, seu banco precisa saber o endereço de sua casa, mas um quadro de mensagens realmente precisa saber seu código postal ou seu aniversário? Se você não pode mudar de página porque o site quer que você dê muita informação, Harrison sugere que você tome uma atitude e faça sua escolha. Afinal, diz ele, quadros de mensagens são notoriamente “hackeáveis”, e eles realmente querem apenas  verificar se você tem mais de certa idade.

Proteja-se offline: De acordo com McLean, roubo de identidade offline é ainda muito mais comum do que o online. O motivo: endereços de e-mail têm senhas – enquanto caixas de correio, lixeiras e carteiras perdidas, não. Para proteger-se, ele sugere que você obtenha uma caixa de correio com cadeado (se você ainda não tiver uma), rasgue todas as contas e documentos importantes antes de jogá-los fora e nunca carregue seu cartão de Seguro Social com você.

Use um gerenciador de senhas: Apesar de gerenciadores requererem um pouco de configuração, eles valem a pena se você estiver preocupado com a integridade de suas senhas ou frases secretas. Gerenciadores de senha como Dashlane, 1Password e LastPass não só armazenam todas as suas senhas em um programa criptografado – que você pode desbloquear com uma senha mestre- como também criam senhas seguras que nem mesmo você conhece, geradas por computador.

Mesmo um pouco de segurança percorre um longo caminho

McLean sugere que tomar precauções mínimas de segurança é como fugir de um urso: você não tem que ser mais rápido do que o animal, apenas precisa ser mais rápido do que seu amigo que também está sendo perseguido.

Hackers são espertos, mas também um pouco preguiçosos. Então, a menos que você seja um alvo de alto perfil, um hacker provavelmente irá desistir se as defesas de seus dados provarem ser muito difíceis de serem rompidas.

Em última análise, mesmo tomar medidas de segurança de pequeno porte – como a criação de uma senha de oito caracteres em vez de uma com apenas cinco -, pode proteger suas informações pessoais bem o suficiente para convencer os hackers a mudar de alvo.

Fonte: IDG Now!

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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