Seis tendências do BI para 2013

Ultimamente tenho gastando algum tempo antecipando 2013, refletindo acerca das novas tecnologias e tendências que podemos esperar ver no próximo ano.

O Business Intelligence (BI) percorreu um longo caminho nas últimas décadas, transformando-se de um processo de retaguarda numa tecnologia utilizada por todos os departamentos empresariais. Estas utilizações sofisticadas — como confiar em ferramentas de BI para antecipar o inventário antes da temporada de compras do Natal ou utilizar a tecnologia para analisar o sentimento do consumidor antes do lançamento de um produto significativo — são, na verdade, o futuro da nossa indústria e estou ansioso por fazer parte na implantação.

Com isto em mente, aqui apresento uma síntese das seis principais tendências que antecipo para 2013:

1. Dar voz ao BI

A tecnologia hoje disponível está, de fato em algumas formas, à frente da procura da indústria atual. Por exemplo, a infinidade de novos smartphones, tablets e PCs disponíveis no mercado têm a capacidade de dar e receber instruções de voz, como ilustrado pelo programa Siri da Apple, e o BI poderia facilmente ser incorporado nessa conversa.

Suponhamos, por exemplo,  que pergunte “quem foi o vendedor que vendeu mais coisas azuis no mês passado?” Posso obter uma resposta de voz, “foi John Doe em Cincinatti”. E melhor ainda, poderia também receber uma curta mensagem que incluísse a fotografia e a biografia de John Doe. A única diferença entre esta consulta e todas as outras do Siri é que o BI obtém a sua informação a partir de registos comerciais.

Traduzir a consulta de voz para uma solicitação SQL é a única tarefa que resta e muito trabalho já tem vindo a ser feito nesta área. Por isso, antecipo que, num momento qualquer de 2013, veremos voz adicionada ao monte de opções de BI.

2. Análise preditiva
Talvez isso se deva à popularidade do “Moneyball”, mas a análise preditiva está em voga e apenas ficará mais “in“ no próximo ano. Há uma variedade de funções empresariais que beneficiam da tecnologia, incluindo as vendas e o marketing. A popularidade das redes sociais, a proliferação dos celulares e outras tendências da indústria estão dando  origem a novos canais de marketing para que as empresas comuniquem com os clientes atuais e potenciais. Estas estratégias de marketing multicanal estão convertendo-se numa riqueza de dados — estruturados e não estruturados — que, quando devidamente analisados, podem ser utilizados para melhor direcionar os clientes existentes, alcançar novos mercados e racionalizar os esforços.

Espero que, em 2013, vejamos mais empresas extraindo dados do marketing multicanal para se manterem competitivas e anteciparem melhor quem são os seus clientes, os produtos ou serviços que eles querem, as suas ações on-line e off-line e o que eles necessitam para continuarem a ser clientes.

3. Análise de sentimento
No mundo socialmente em rede de hoje, está tornado-se cada vez mais comum para os consumidores aprenderem sobre um produto ou serviço — e começar a formar uma opinião a respeito deles — através de um site social ou blog. De faco, um estudo recente na Harvard Business Review descobriu que mais de 60% de uma decisão de compra típica acontece atualmente mesmo antes do comprador interagir com o fornecedor. Como tal, é extremamente importante que as organizações sejam capazes de descobrir o que as pessoas dizem sobre o seu produto, serviço, iniciativa de marketing e qualquer outra área que reflita a sua marca, para que tenham mais capacidade de responder a estas conversas em tempo real.

Muitos fornecedores de BI incorporaram recursos de análise de sentimento nos seus conjuntos de soluções, tornando relativamente fácil para as organizações explorarem essas informações como parte das suas atividades de análise existentes, razão pela qual acredito que veremos uma adoção continuada no próximo ano.

4. Big Data
Antecipar que o Big Data estará em foco em 2013 pode parecer um pouco óbvio, visto que essa tem sido uma área-chave de crescimento para a nossa indústria ao longo de vários anos. No entanto, porque muitas outras tendências emergentes estão dependentes da ciência do Big Data, julgo que vamos ver melhorias significativas nesta área no próximo ano. Essas melhorias surgirão na forma de ferramentas de gestão melhoradas de Big Data, sendo uma dessas ferramentas na área de armazenamento de dados.

Apesar de muitos fornecedores de BI oferecerem atualmente os suas próprias soluções de armazenamento de dados, e estas soluções terem proporcionado algum alívio a curto prazo, muitos estão limitados em escalabilidade ou exigem a propriedade de enormes dispositivos de hardware para oferecer suporte a Big Data. À medida que avançamos num mundo onde a gestão de grandes dados é cada vez mais importante, veremos isso a começar a mudar.

5. BI móvel
Existem dois aspetos da revolução do BI móvel: capacitar os colaboradores para conduzirem análises em tempo real, independentemente da sua localização física, e explorar dados do smartphone e do tablet para desenvolver uma compreensão mais holística do cliente, do mercado, da força de trabalho, etc. Como estes dois aspetos se tornam mais prevalentes, haverá também um aumento na  procura da qualidade de dados e ferramentas de integração de dados para assegurar que a informação é adequadamente limpa e combinada para análise móvel.

Na mesma tendência do BI móvel, também espero ver o consumo continuado de BI no sentido que mais organizações utilizarão ferramentas de BI para fornecer aos seus colaboradores, clientes e parceiros aplicações que permitam uma exploração auto-orientada da informação que mais lhes interessa. Seguindo esta tendência, podemos esperar para ver algo semelhante a uma “loja de aplicações de BI” para controlar e administrar aplicações por função, o que permitirá que o conteúdo seja distribuído em conformidade. Todas estas tendências revolucionarão eventualmente a forma como a informação é distribuída através da empresa.

6. BI incorporado
Para aproveitar as tendências anteriores e outros benefícios do BI sem investir em novas infraestruturas significativas, cada vez mais organizações estão incorporando  recursos de BI nas suas soluções de SaaS. Penso que a indústria como um todo verá mais desta tendência à medida que formos entrando em 2013.

Comprar recursos de BI em vez de construir a tecnologia em casa proporciona às empresas um menor custo total de propriedade e um tempo mais rápido para avaliar; benefícios que, espero, continuem a ter elevada procura ao longo do próximo ano.

Na verdade, apenas arranhei a superfície destas tendências e, sem dúvida, deixei de fora algumas áreas que terão um impacto significativo sobre o panorama do BI em 2013.

Gerry Cohen é CEO da Information Builders

 

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