Salário baixo afasta estudantes do setor de TI

Apesar de componentes como satisfação pessoal, ambiente corporativo e plano de carreira serem fundamentais para a escolha de uma profissão, cada vez mais a disponibilidade de vagas de emprego e o valor dos salários oferecidos se tornam preponderantes para definir as preferências profissionais. No caso das carreiras do setor da Tecnologia da Informação (TI), o que se vê é uma grande oferta de emprego, no entanto não há muitos interessados para suprir a necessidade do mercado.

O fenômeno da escassez de mão de obra do segmento pode ser explicado pelo baixo  valor do salário médio dos trabalhadores de TI em comparação com outras profissões. Em estudo que acaba de ser divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a remuneração média nacional dos profissionais de TI gira em torno de 2.850 reais, sendo que, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o salário médio de um médico chega a 6.700 reais. As pessoas que cursaram Direito recebem, também em média, 4.600 reais. Os engenheiros ganham de 5 a 6 mil reais, dependendo da especialização – mecânica, civil, elétrica.

Segundo a Brasscom, apesar das oportunidades de emprego no setor, a evasão nos cursos superiores de TI chegou a 87% no país em 2010. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de TI (Sindpd), Antonio Neto, os baixos salários e a informalidade nas contratações tornam difícil despertar o interesse pelas carreiras da Ciência da Computação e Informática.

Iniciativas recentes do governo colocam o desenvolvimento da TI como prioridade da administração brasileira. O programa Brasil Maior que entrou em funcionamento em dezembro do ano passado desonerou as empresas do setor, transferindo a contribuição de 20% do INSS para 2,5% do faturamento.

A forma de atrair pessoas para os cursos de TI é aumentando os salários e os benefícios. As empresas do setor estão com o crescimento de dois dígitos e têm incentivos tributários do governo. Se quiserem que mais pessoas se interessem pela TI precisam pagar melhor seus funcionários, precisam valorizar o profissional e parar de reclamar de dificuldades que não existem.

Fonte: Oficina da Net

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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