Empresa que vendeu antivírus falso terá que pagar US$ 8 milhões

Justiça dos EUA determinou que empresa responsável reembolse as 320 mil vítimas do golpe virtual.

A história do antivírus falso da Innovative Marketing teve finalmente uma decisão judicial. A empresa terá que reembolsar as centenas de milhares de consumidores dos Estados Unidos que foram enganados para comprar seus produtos.

Um anúncio no site da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) informa que o órgão chegou a um acordo com a companhia, fundada na Ucrânia, por meio do qual os 320 mil usuários enganados receberão seu dinheiro de volta.

A média dos pagamentos não será muito alta, ficando na casa dos 20 dólares, disse a FTC, mas algumas pessoas receberão valores maiores, dependendo de quanto pagaram pelas licenças inúteis dos produtos.

A tática que transformou a companhia em uma máquina de fazer dinheiro consistia em simplesmente alegar que o PC de um usuário estava infectado por malwares (que não existiam) e podia ser limpo mediante ao pagamento de uma taxa. Desde 2005, o negócio foi tão bem-sucedido que acredita-se que a Innovative tenha ganhado pelo menos 100 milhões de dólares a partir da venda de licenças de uma variedade de programas falsos.

A decisão da FTC menciona três deles em particular – Winfixer, Drive Cleaner e XP Antivirus – mas o número de programas enganosos forma uma lista muito maior, sendo que alguns exemplos podem ser encontrados no site da Microsoft.

A história da Innovative Marketing e seus fundadores tornou-se longa e complicada com o passar dos anos, mas chegou a um fim em 2008 quando um processo da FTC iniciado por reclamações de muitos consumidores levou um juiz a fechar uma unidade da empresa em Belize, além do seu host nos EUA, o Byte Hosting.

Em 2010, três homens foram acusados de envolvimento nas operações globais da empresa: Shaileshkumar “Sam” Jain, Bjorn Daniel Sundin e o homem que dirigia a Byte Hosting, James Reno.

Apontado como o “magnata do scareware”, Jain trocou os EUA pela Ucrânia em 2005 após ser processado pela Symantec vpela venda de softwares falsificados. Em junho de 2011, a Justiça decidiu pela apreensão de 14,8 milhões de dólares da conta de Jan em um banco suíço, como uma forma de recompensar a fabricante americana de programas de segurança pelo golpe da Innovative.

A notícia desta semana representa um momento importante na história da criminalidade na computação – pela primeira vez um grande número de vítimas de um golpe receberá seu dinheiro de volta.

Fonte: IDG News Service / EUA

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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