Como o HTML 5 matou o browser

A carta de Jobs deu início a um grande debate entre os desenvolvedores. Afinal, o Flash não era algo facilmente descartável. Milhões de sites o utilizavam, inclusive o popular YouTube. Hoje, um ano e meio depois, boa parte dos vídeos do portal já é exibida com HTML5. No mesmo compasso, todas as últimas versões dos navegadores mais importantes (IE, Chrome, Firefox, Opera e Safari) já incorporaram recursos do HTML5.

Essa versão do HTML traz uma série de novidades, entre as quais o canvas, a tela de trabalho onde é possível desenhar. “Isso facilita as coisas para quem quer fazer animações e significa uma arma contra o Flash”, diz Fábio Marciano, programador de interface web no portal R7. Outro elemento novo no HTML5 é a capacidade nativa de executar áudio e vídeo.

Até a Microsoft embarcou no bonde do HTML5: o browser Internet Explorer 10, que vai rodar na nova interface do Windows 8, não dará suporte a plug-ins como o Flash e o Silverlight, este último que ela própria criou. Além disso, aplicações para essa interface poderão ser escritas com HTML5 e JavaScript, uma linguagem usada por programadores e restrita às páginas web.

São Paulo – É muito raro uma linguagemde programação ganhar as manchetes do noticiário. Mas isso aconteceu com o HTML5, padrão responsável por dar forma às páginas web. Quem a trouxe para as manchetes foi Steve Jobs, que publicou, em abril de 2010, a carta Reflexões sobre o Adobe Flash. Nela, o guru da Apple concluía que o Flash, software gráfico da Adobe para animações, não era mais necessário diante da evolução do HTML5, a quinta versão da linguagem das páginas web.

O Flash reinou durante muito tempo na produção de sites, graças à sua capacidade de criar soluções graficamente sofisticadas. Além disso, o plug-in Flash Reader tornou-se complemento obrigatório para os browsers, uma vez que, somente com o HTML, os navegadores não eram capazes de apresentar vídeos, animações e até mesmo som de forma nativa. Coerente com o teor de sua carta aberta, Jobs não incluiu o Flash Reader no browser do iPad.

É o momento de glória dessas ferramentas. Elas partem dos browsers, seu nicho original, e conquistam novos espaços, como as aplicações para tablets, smartphones e até desktops, como mostra o novo Windows 8. “Estamos num momento em que tudo é browser”, diz Marcos Paulo Amorim, diretor executivo da Blink Systems, empresa de aplicações móveis.

A mudança rumo à web torna mais fácil escrever uma aplicação e, com poucas mudanças, colocá-la para rodar em todas as plataformas. “O sonho de todo desenvolvedor é não ter de reescrever a aplicação que ele faz para cada plataforma”, diz Hélio Sabino da Silva, diretor da Iggy Informática, especializada em desenvolvimento web. Ele diz que a incorporação do HTML e do JavaScript passa a representar um chão comum para os diferentes sistemas operacionais que rodam nesses equipamentos.

Mesmo com a vitória de um momento em que o browser reina, os desenvolvedores não acham que tudo esteja resolvido. “O browser ainda é uma tecnologia atrasada”, afirma Marcos Paulo Amorim. Mas num ponto todos concordam: o Flash foi definitivamente passado para trás.

Fonte: Info

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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