Com 6 mil vagas abertas, Microsoft quer importar profissionais para os EUA

Depois de ter demitido 5 mil funcionários durante a crise financeira em 2009, a Microsoft volta agora a contratar e anuncia que tem 6 mil vagas em aberto nos EUA. Para preenche-las, a empresa alega que está criando mais postos de trabalho do que consegue preencher e que não consegue encontrar profissionais de tecnologia suficientes nos Estados Unidos. Por isso a MS está solicitando ao governo que libere mais vistos da categoria H-1B e que também libere novos vistos permanentes para especialistas estrangeiros, os chamados STEM (Science, Technology, Engineering and Math) Green Cards.

O pedido foi feito na quinta-feira, 27/09, pelo vice-presidente executivo e diretor jurídico da Microsoft, Brad Smith, que apresentou um plano para aumentar 20 mil novos vistos H-1B e outros 20 mil Green Cards para ajudar as empresas a captar profissionais qualificados. Brad Smith disse que os 6 mil novos postos de trabalho representam um crescimento de 15% sobre as vagas em aberto do ano passado e que mais de 3,4 mil posições são para pesquisadores, desenvolvedores e engenheiros. “Nosso país sofre o paradoxo de enfrentar uma crise de desemprego ao mesmo tempo em que muitas empresas não conseguem preencher as vagas que têm abertas”, disse Smith.

Green card

A novidade do pedido da Microsoft é que ela está defendendo a idéia do governo cobrar das empresas US$ 10 mil por visto H-1B liberado e US$ 15 mil por Green Card liberado para profissionais estrangeiros contratados por elas. A Microsoft recomenda ao Congresso norte-americano que aceite a idéia e utilize o dinheiro arrecadado – que pode chegar a 500 milhões de dólares por ano – em programas educacionais para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. A empresa produziu sozinha o plano e agora deverá se movimentar para conseguir apoio do mercado, dos grupos ligados a questões de imigração e dos políticos. De qualquer forma, o resultado só será visto no próximo ano.

O visto H-1B é emitido por um Consulado/Embaixada para um estrangeiro permitindo que ele trabalhe nos Estados Unidos temporariamente. O visto é concedido por “capacidade profissional”, ou seja, para profissionais que, por causa de sua formação universitária estão aptos a trabalhar em posições específicas definidas pelo empregador. Nessa categoria entram por exemplo engenheiros, professores, advogados, contadores, profissionais da computação, economistas, programadores, analistas de sistemas, administradores de bancos de dados, entre outros.

A questão do visto H-1B tem sido sempre cercada de polêmica em função dos grupos de proteção ao emprego para cidadãos locais e existe um lote limitado deles por ano. Grandes defensoras dessa “reserva técnica” as empresas de tecnologia da informação, entre elas a Microsoft, sempre defenderam o aumento da base anual de vistos H-1B. Desde 2008, com o impacto da recessão e o aumento do desemprego, o Congresso norte-americano e também as empresas interessadas deixaram o assunto em suspenso, mas agora aparentemente o mercado esquentou.

Fonte: IDG Now!

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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