Ataques por malwares crescem 81% e são os vilões da Internet

O Brasil segue como o nº1 na América Latina em atividades maliciosas e figura na 4ª posição mundial, ficando atrás apenas dos EUA, China e Índia, de acordo com levantamento feito pela Symantec. Os ataques por malwares cresceram 81% e foram detectados 403 milhões de variantes exclusivas em 2011.

Os ataques Web bloqueados cresceram 36% e chegou a 4597 por dia. A mobilidade e as redes sociais, como não poderia deixar de ser diferente em função do seu consumo maior, entram na mira e passam a ser alvo dos cibercriminosos.

De acordo com o estudo da Symantec, divulgado nesta quinta-feira, 03/05 o número de spams caiu 20%, mas em função da própria reação do internauta.”Já há um maior controle de cliques em links maliciosos”, diz André Carraretto, gerente de segurança da Symantec no Brasil. Mas as ações criminosas miram, agora, novas ‘armadilhas’. Entre elas, as redes sociais.

“É muito complicado você ficar verificando se o seu amigo te manda um link com código malicioso. Mas é preciso ter muita cautela nas redes sociais”, aconselha Carraretto. Os toolkits têm sido a arma utilizada pelos cibercriminosos para explorar as vulnerabilidades existentes.

O levantamento informa ainda que somente a Symantec bloqueou mais de 5,5 milhões de ataques maliciosos ao longo do ano passado, o que representa um incremento de 81% em relação a 2010. Mas o significativo do estudo é que no caso dos malwares, por exemplo, 10 famílias são responsáveis por 45% das variantes de malware exclusivos. No ano passado, um desses malwares conhecidos foi o Conficker, que segue sendo o grande vilão nas corporações, sendo responsável por mais de 220 milhões de máquinas contaminadas.

O estudo aponta ainda uma curiosidade. Os sites de cunho religiosos são os que mais propagam malwares, superando os de notícia e de entretenimento e, até mesmo, os de pornografia. Segundo Carraretto, da Symantec Brasil, os sites de conteúdo adulto estão mais conscientes da necessidade de proteger seus ‘clientes’ e começam a adotar regras mais efetivas de segurança. Nos sites religiosos, essa preocupação já não é tão presente, de acordo com os dados apurados mundialmente.

As vulnerabilidades móveis são o grande alvo dos cibercriminosos no momento. Tanto que houve um crescimento de 93% no ano passado, sendo o Android o mais vulnerável. De acordo com a Symantec, em 2011, surgiram 315 variantes de malwares para dispositivos móveis ( celulares e tablets). E esse número não deve parar de crescer. “Quanto maior o consumo, maior o número de malwares”, sustenta Carraretto.

O levantamento diz ainda que o momento não é mais apenas o de replicar os malwares do mundo Web tradicional para os dispositivos. Mas sim buscar malwares específicos para explorar as oportunidades do ambiente. “Certamente com o aumento das transações financeiras no celular, os malwares vão se multiplicar”, acrescenta Vicente Lima, diretor da Symantec no Brasil.

Fonte: Convergência Digital

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