7 fantasmas que assombram concurseiros e como driblá-los

São Paulo – Da próxima vez você que olhar para um servidor público tenha certeza de que ali, muito provavelmente, já habitou um concurseiro desmotivado. “A falta de motivação é absolutamente normal. Conheço inúmeros promotores, delegados e juízes que foram concurseiros desmotivados”, diz o professor Rogério Sanches, da Rede de Ensino LFG.

De acordo com ele, candidatos motivados e felizes, muitas vezes, não têm noção da dificuldade que é garantir a aprovação em um concurso público. “A desmotivação é um dos obstáculos com que todo candidato vai se deparar”, diz Sanches.

São várias as causas que podem deixar um concurseiro “derrubado”. EXAME.com conversou com dois especialistas e separou 7 fontes de desmotivação, além de dicas para vencer cada uma delas. Confira:

Não se lembrar do que estudou

A memória prega peças em todo concurseiro. Após estudar atentamente o conteúdo, o candidato tenta recuperar os conceitos mas, por mais esforço que faça, não se lembra. Com isso, desanima. E agora?

Dica: “O candidato precisa entender que não é uma máquina”, diz Sanches. Segundo ele, é comum estudar alguns pontos e não se lembrar. “Não significa que na hora da prova ele não vai se recordar, muitas vezes o conteúdo é cobrado de uma forma que o candidato consegue puxar na memória”, diz.

O também professor da LFG e palestrante William Douglas concorda que o concurseiro precisa ter consciência que isso é comum. Ele recomenda que o candidato mantenha a concentração durante o estudo, use técnicas de memorização e repita mais vezes o conteúdo. “Uma hora a matéria vai fixar, se ele não se lembra, significa que ainda não repetiu o bastante”, diz.

A demora do edital

Você sabe o que quer e está estudando muito para chegar lá. Mas, um detalhe muda todo o cenário: o edital do concurso público parece “encantado”. Simplesmente não sai.

Dica: Prestar concursos parecidos, na mesma área, é o conselho de Douglas. “Assim ele vai adquirindo experiência”, diz. Segundo ele, o candidato não pode se deixar abater pela demora dos editais.“O candidato tem que pensar: o edital está demorando a sair? Que bom, tenho mais tempo para me preparar”, aconselha.

O professor Rogério Sanches também diz que fazer provas de concursos passados é uma boa pedida. “É uma maneira de se autoavaliar e de se inteirar sobre o quanto evoluiu”, diz.

Reprovação direta

Não foi desta vez. Você deu o seu melhor e não conseguiu nem ir para a segunda fase do concurso. Já começa a pensar que carreira pública não é para você.

Dica: “Aquela reprovação pode ser o caminho para o seu sucesso”, diz Sanches. É preciso extrair o que há de positivo nesta situação. “O candidato pode enxergar as causas para não cometer os mesmos erros no próximo concurso”, diz o professor.

Douglas lembra que a cada reprovação o candidato dá um passo. “Ser reprovado faz parte do processo”, diz. Passar na primeira vez que se presta um concurso é muito raro, lembra o professor. “Gênios podem passar, mas pessoas normais não passam nos primeiros concursos que prestam”, diz.

Reprovação por pouquíssimos pontos

Tinha tudo para passar, mas a bola “bateu na trave”. Foi reprovado na última fase por alguns “famigerados” pontos. Na classificação geral se vê pouco atrás do último aprovado. Só de pensar em começar tudo de novo você tem vontade de chorar.

Dica: “A pessoa tem que ter consciência de que está no caminho certo”, diz William Douglas. Por mais difícil que isso seja, segundo ele, uma reprovação assim não é motivo para se deprimir e, sim, para comemorar. “Ele tem que pensar: estou na fila, estou quase lá”, diz. Se continuar fazendo tudo como tem feito, a aprovação virá em breve.

Família que não apoia

“Essa é uma das questões mais complicadas”, diz Douglas. Você se esforça. Estuda, estuda e estuda. Mas, em casa, o clima pesa e sua família não confia em você. Sem esse apoio tão importante fica cada dia mais difícil prosseguir motivado.

Dica: “A recomendação é entrar por ouvido e sair pelo outro” diz Douglas se referindo a possíveis conselhos desmotivadores vindos de familiares. Não deixe o desânimo ou a falta de confiança do seu parente contaminá-lo. “Quem tem que confiar em você é você mesmo”, diz o professor.

Procurar passar mais tempo ao lado de pessoas otimistas como professores e outros concurseiros é uma boa pedida, na opinião dele. “É que nem rádio, você tem que ouvir aquela que mais lhe agrada. Gente pessimista é que nem rádio ruim, tire do dial porque só vai deprimir você”, diz.

Fraudes em concursos

Notícias de fraude em concurso não faltam. Jogo de cartas marcadas, pessoas que fazem provas no lugar de outras, gabaritos que “vazam”. O “modus operandi” varia, mas o resultado é o mesmo: muitos concurseiros prejudicados. A corrupção desmotiva qualquer cidadão e quando ele se vê diretamente afetado por ela, dói ainda mais.

Dica: Notícia de fraude significa que a sujeira está sendo tirada debaixo do tapete. “Significa que estão sendo pegas”, diz Douglas. De acordo com ele, o concurseiro deve lembrar que há também muitos concursos honestos e que a polícia, ministérios públicos e tribunais de contas estão correndo atrás dos fraudadores.

Estafa

Concorrência alta, uma pilha de livros, aulas, matérias enfadonhas e horas sentado estudando são a receita de um cansaço mental, físico e psíquico. “Geralmente vem tudo junto e a estafa é da mente, corpo e espírito”, diz Douglas.

Dica: Tente criar sistemas para se manter motivado. “Motivação não é como a vacina antitetânica que só se toma a cada 10 anos, tem que algo diário, no mínimo semanal”, diz o especialista. Vídeos e livros sobre o tema podem ajudar bastante.

O professor Rogério Sanches também recomenda intercalar o estudo de matérias que menos gosta com o estudo daquelas que lhe são mais prazerosas. “Comece pela mais chata e deixe aquela que mais gosta para depois”, diz.

Assim você aproveita o pique para encarar o desafio da matéria que não é muito a sua praia, sabendo que, depois, poderá de dedicar ao assunto com o qual se identifica mais.

Encaixar um dia de descanso e uma atividade física na rotina também é fundamental para manter o ritmo, na opinião de Douglas. “Desde sempre um descanso semanal é recomendado e isso vale para os concurseiros também”.

Fonte: Exame

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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