O relatório Global IT Security Risk, realizado recentemente pela consultoria B2B Internacional a pedido da Kaspersky Lab, que desenvolve soluções de gerenciamento de ameaças e conteúdo seguro, identificou que as pequenas e médias empresas (PMEs) são tipicamente mais vulneráveis a vírus, worms, spyware e outros programas maliciosos.
O levantamento, que ouviu 3,3 mil profissionais de segurança em 22 países, aponta que 63% das pequenas empresas e 60% das médias têm lidado com malware em suas redes nos últimos 12 meses. Grandes companhias tendem a sofrer com outras ameaças, como espionagem, phising e ataques de DDoS (do inglês distributed denial-of-service).
“Os negócios menores acreditam que não são alvo de cibercriminosos e por isso não prestam tanta atenção aos recursos de proteção”, alerta Eljo Aragão, diretor-geral da Kaspersky no Brasil.
Números da pesquisa comprovam a afirmação de Aragão. O estudo aponta que as pequenas implementam um ambiente menos desenvolvido de segurança do que as grandes. Entre as menores empresas, 19% concordam que agem de forma reativa a incidentes, tomando medidas somente depois que problemas acontecem. Já entre as médias esse índice é de 15%. Menos de um quarto das PMEs se considera realmente pró-ativa quando o assunto é segurança.
Crescem ataques
Dos entrevistados de PMEs e grandes empresas, 52% acreditam que ataques direcionados vão saltar e serão cada vez mais frequentes. Um terço dos especialistas acredita que a empresa vai sofrer um ciberataque direcionado.
Embora conscientes do risco, 33% das organizações ainda não contam com uma solução anti-malware para evitar danos à corporação. A falta de proteção adequada tem causado perdas. Mais de um terço dos especialistas apontou que a empresa sofreu violação de dados em razão da infestação por malware. Ataques via e-mail também foram citados como desafios à segurança por 21% e phishing por 17%.
A maior violação de dados aconteceu a partir de dispositivos móveis, citado por 23% dos respondentes que perderam seus aparelhos. Outros 15% relataram perdas em razão do roubo do aparelho. As informações perdidas, aponta a Kaspersky, incluem dados financeiras e de clientes, problemas relatados por 36% dos entrevistados.