Mega passa por primeira prova antipirataria

A expectativa é grande em relação ao novo serviço de Kim Dotcom: o Mega traz consigo a promessa do fim do Copyright, já que o sistema de criptografia avançada impede que pessoas não autorizadas tenham acesso aos arquivos.

No entanto, segundo o Numerama, na última sexta-feira (25), o LeakID – grupo de proteção antipirataria – solicitou ao Mega a retirada de alguns links do ar. A denúncia em questão foi feita com a posse dos links e suas chaves de acesso.

Em menos de 48 horas, o site de Kim Dotcom havia retirado o conteúdo da nuvem. Mas para chegar a esse ponto, o Mega passa por uma série de etapas, todas descritas em seus termos de serviço.

Para a exclusão de um arquivo, a primeira coisa que o órgão ou indivíduo que faz a solicitação deve ter em mãos é uma assinatura digital ou física do detentor dos direitos autorais ou de uma pessoa autorizada em seu nome.

Além disso, é necessário identificar as obras em que os direitos foram infringidos e indicar uma prova de que o conteúdo está armazenado na nuvem, preferencialmente através da URL de acesso. Outros detalhes como dados pessoais, uma carta indicando o pedido e uma declaração do requerente também são necessários.

A segurança para seus arquivos

O episódio traz uma amostra da relação que o Mega deve ter com os detentores de direitos autorais. Isso indica claramente que novos problemas como o que tirou o Megaupload do ar não devam acontecer, já que apenas conteúdos denunciados podem ser tirados do ar, enquanto documentos pessoais (e até mesmo conteúdos piratas bem escondidos) permaneçam na rede.

No entanto, essa possibilidade pode criar um novo tipo de caça na guerra contra a pirataria. Enquanto os detentores de direitos autorais vão passar a procurar links com arquivos de nomes que indiquem a pirataria, distribuidores de conteúdo devem tentar fornecer links e chaves em locais separados, dificultando o acesso e, consequentemente, a destruição dos links.

O Mega ainda indica que, caso algum usuário mostre problemas constantes com conteúdo protegido pelas leis de Copyright, ele pode ter sua conta banida do serviço para evitar maiores problemas.

Agora, o que resta é acompanhar os novos episódios da batalha e esperar para saber se a pirataria voltará com tudo ao Mega ou se a constante fiscalização fará com que ele se torne apenas mais um serviço para manter arquivos pessoais na nuvem.

Mega passa por primeira prova antipirataria.

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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