ERP, a estrela máxima

Por André Petroucic *

Conhecidos pela sua tradicional capacidade de alta integração e escalabilidade dos processos empresariais, os sistemas integrados de gestão, ERP, formam há anos a base sobre a qual as empresas se apoiam para gerir seus negócios. Ao longo das últimas duas décadas, o ERP vem conquistando posição cada vez de mais destaque nas áreas de gestão das companhias brasileiras. Antes, estava restrito aos técnicos do departamento de tecnologia da informação. Hoje, ganhou espaço na agenda dos principais executivos. Aliás, está mais próximo deles, em seus smartphones e tablets.

O ERP, portanto, não é mais um sistema na empresa. É “o” sistema. Uma única base de dados, uma única versão da verdade, que abrange da gestão dos funcionários à gestão dos fornecedores. No Brasil, a sua adoção vem crescendo muito, alavancado por vários fatores: profissionalização nas empresas menores e familiares; necessidade de uma melhor governança corporativa, crescimento por meio de fusões e aquisições, necessidade de um sistema que gerenciar diferentes tipos de negócio na mesma plataforma, como manufatura e varejo, além da necessidade permanente de otimizar os recursos financeiros e humanos, fazendo mais com menos.

Nesse atual desenho de competitividade do mercado, as empresas demandam cada vez mais a necessidade de manter as informações de negócios e processos alinhados em seus diferentes departamentos para melhor gestão. Sendo assim, os tradicionais pontos fortes do ERP continuam a desempenhar papel vital nas organizações de todos os segmentos e tamanhos. Alguns deles são: escalabilidade, segurança, requisitos globais, alta integridade e suporte a processos de negócios de ponta a ponta.

Porém, os sistemas integrados de gestão continuam a evoluir e já há alguns anos começam a endereçar novas necessidades, tais como as expectativas dos usuários em torno de facilidade de implantação, menor TCO (custo total de propriedade), integração completa com sistemas de análises de negócios e personalização.

Podemos dizer que o ERP é, sem dúvida, um dos principais geradores de diferenciação estratégica. Hoje, quem tem a informação em tempo real, em qualquer aparelho, em qualquer lugar, consegue traçar estratégias vencedoras. Qual o melhor canal de distribuição? Qual a margem do produto em promoção? Qual a previsão de demanda por produto, região e estabelecimento comercial? Minha cadeia de suprimentos está pronta para atender a essa demanda? Tenho recursos financeiros e humanos para essa demanda?

Até na hora de captar recursos no mercado, empresas que possuem sistemas ERP de classe global levam vantagem: os investidores sabem que uma empresa que utiliza um sistema com esse perfil é bem gerenciada, com controles que garantem processos seguros e em acordo com órgãos reguladores nacionais e mundiais.

Estudos realizados pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pela Wharton University of Pennsylvania, mostram que a utilização de sistemas de gestão SAP ajuda a elevar o valor de mercado da empresa em até 13% ao final do projeto. Além disso, as pesquisas mostram que as companhias têm um ganho de 16% em aumento de produtividade, por conta da eficiência operacional.

Com essa atuação ampliada, os sistemas de gestão empresarial, que hoje são compostos não apenas pelo ERP e suas soluções de CRM, supply chain, RH, previsão de demanda, mas também por soluções de inteligência de negócios, como business intelligence (BI) e business analytics (BA), são o alicerce para todo o ecossistema de negócios.

*André Petroucic é vice-presidente comercial da SAP Brasil

Fonte: Computer World

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *