Desenvolvimento de software: nova metodologia promete economia de 50% em projetos

A empresa norte-americana iRise criou um método para desenvolvimento de software que pode economizar em 50% o tempo, e o dinheiro, investidos nesse tipo de projeto. Em vez de seguir os passos comuns – fazer uma reunião com o cliente, filtrar as informações principais e enviar ao programador o desenho a ser produzido -, por meio de um processo interativo de workshop, uma versão demo do projeto já sai das primeiras reuniões com todas as funcionalidades inseridas.

Na visão da companhia, o problema é que palavras não são suficientes para descrever o que as empresas querem. Pela forma convencional, empresários apresentam, da melhor forma que podem, o sistema que veem em suas mentes, e um analista captura e documenta o que ouve. Ao fazer isso, ele filtra as palavras por meio de sua visão de mundo e passa para o desenvolvedor, que irá então reinterpretar o que foi lhe passado de acordo com seu entendimento.

Meses ou anos depois, o sistema que “a empresa queria” é finalmente entregue. Mas além de estar atrasado, não se parece nada com o que foi pedido. Em tais situações, poderíamos então apresentar maquetes ou diagramas, mas a empresa apresentou, recentemente, uma ideia que promete ser melhor que esse sistema atual. Se toda a abordagem está errada, comecemos do zero.

Na nova abordagem, em vez de conversar sobre o sistema, um analista chegaria com um workshop do projeto. Com o software, o profissional tem a capacidade de criar um protótipo de simulação para o sistema conforme o empresário descreve o que quer. Todas as funções são estabelecidas durante o workshop. O empresário consegue “ver” como seu sistema vai ficar já na primeira reunião.

Quando trabalha com um novo cliente (os clientes da iRise incluem a UPS, General Motors e BP), o consultor pede dois dias de workshop com uma das equipes da empresa e usando uma abordagem de simulação rápida, passa por seis interações do novo software nesses dois dias. Ao final do tempo estipulado, a empresa tem um simulador funcionando que pode ser entregue para os desenvolvedores de TI, com a instrução simples de “construa-me um desses, por favor”.

Claro que estou simplificando bastante, mas a mudança é profunda. Na verdade, o próximo passo da iRise é dar apoio à geração automática de código para o aplicativo final – não 100%, mas o suficiente para dar aos desenvolvedores um bom ponto de partida. E com o crescimento do uso do Apple OS X e iOS nas empresas, a organização recentemente estendeu a simulação de software para o desenvolvimento de aplicativos móveis da Apple.

O simulador de software é fácil ao ponto de pessoas sem conhecimento técnico poderem usá-lo e a economia de tempo e dinheiro é gigantesca. A empresa afirma a redução no custo de um projeto chega a 50%, com a mesma economia de tempo. E tão importante quanto, é facilitar a colaboração entre profissionais de TI e empresários. A iRise ajuda com a crescente demanda para aplicativos corporativos que se parecem com de consumidores: mais simples e fáceis de usar.

O software é caro – e geralmente voltado para grandes empresas. Mas se a sua está focada em desenvolver software, aconselho que dê uma olhada nessa maneira diferente de “captura as exigências do negócio”.

Tradução: Alba Milena, especial para o IT Web | Revisão: Thaís Sabatini

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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