Como defender o valor de um projeto de TI?

Você deve estar pensando: conceber meios de demonstrar o valor da tecnologia corporativa tem ocupado os CIOs há 25 anos, desde que a profissão existe. Bom, embora métricas como taxa de retorno interno e valor econômico agregado sejam aplicadas com sucesso variado, ROI e TCO continuam sendo baluartes na hora de ajudar os líderes empresariais a decidirem se querem ou não um investimento de tecnologia que vale a pena ser feito.

Um cálculo de ROI quantifica os custos e os benefícios esperados de um projeto específicos em um prazo determinado, em geral três a cinco anos. O TCO, por sua vez, inclui apenas custos. Quando você pensa em TCO, não vê TI como um motor do negócio ou um ativo que pode aumentar o faturamento, o lucro ou o valor para o cliente.

As decisões de TI devem ser menos em torno da tecnologia e mais da capacidade de negócio que a tecnologia torna possível. Portanto, as propostas de TI devem ser mensuradas como outras ideias de negócio, por seu potencial de proporcionar velocidade, eficiência e inovação. O ROI proporciona uma maneira sólida de representar estas ideias.

Mas muitas organizações de TI acham difícil prever com precisão o ROI de um projeto e depois não conseguem atingir os benefícios esperados quando o projeto é concluído. Às vezes, isso acontece porque os problemas inesperados surgem. 

Em muitos casos, os projetos descarrilam porque a equipe esqueceu de se preparar para as armadilhas comuns, como estas:

1. É perda de tempo
Às vezes, os líderes de TI apenas “sabem” que um projeto é uma boa ideia e decidem que comprovar com números é um desperdício de tempo. “Há uma tendência a ver o business case como um obstáculo para conseguir o dinheiro, porque você intui que é um bom investimento”, diz Peter Weis, CIO da Matson. Mas isso não é bom o suficiente, adverte. É importante aprender a fazer suas próprias projeções de ROI. “Não é mais aceitável supor que você vai ser perdoado por não saber finanças, porque você é de TI”, diz ele.

2. É tudo igual
Há grandes projetos, há pequenos projetos, e há projetos que não são opcionais, porque eles estão mandatórios por questões como conformidade regulatória. Não faz sentido tratá-los todos igualmente, mas algumas empresas fazem exatamente isso, disse Matt Wyman, vice-presidente de TI da Terex Corp.

“Se uma empresa tenta colocar todos os projetos na categoria de ROI, alguns problemas de alto risco podem ficar comprometidos”, diz ele. 

“Temos três níveis de gastos, e nós colocamos projetos em caixas diferentes”, acrescenta Wyman. “Os projetos de menor custo não passam pelo mesmo nível de escrutínio”. É melhor deixar que os gestores tomem essas decisões menores, acrescenta.

3. As unidades de negócios passam o bastão
O CIO tenta agradar a todos, mas às vezes os pedidos de líderes de negócios não dizem muito sobre ROI, diz Michael Smith, analista da Gartner. “Alguém vai dizer: ‘Precisamos de meios de comunicação social.” Isso expressa uma tecnologia, não uma necessidade de negócio. “O profissional de TI pode avaliar algumas soluções de mídia social e chegar a um plano de implementação, mas todo mundo vai ter pulado a etapa em que você projeta um benefício mensurável de negócio”, diz Smith.

Em vez disso, ele deve trabalhar com pessoas de negócios e finanças para chegar a um determinado benefício do negócio mensurável. “Você não pode apenas ficar para trás como o Mágico de Oz e dizer-lhe para ir buscar a vassoura da Bruxa Má do Oeste”, diz Smith. “Finanças deve desempenhar um papel de treinador.”

Então, quais são os melhores métodos para calcular o ROI? 
Uma análise de custo-benefício simplesmente compara o custo de um projeto com o benefício financeiro esperado. Tempo de retorno do investimento mede quanto tempo um projeto vai levar para pagar a si próprio.Taxa interna de retorno
 visa determinar a rentabilidade de um investimento ou projeto. Um projeto é atrativo quando sua TIR for maior do que o custo de capital do projeto. Todas essas medidas são significativas para os CFOs e os líderes de TI precisam saber usá-las.

E quando um projeto de TI deve ser feito, mas não pode ser justificado por ROI direto? Uma boa abordagem é o uso de fórmulas como as oferecidas pelo Gartner. A consultoria tem um sistema que mede 54 tipos de benefícios e define o impacto econômico de cada um. “É melhor do que criar métricas nebulosas”, diz Smith.“Considere coisas como” intimidade com o cliente. ” Se uma nova tecnologia melhora a sua intimidade com o cliente de 50% para 75%, um CFO vai perguntar: ‘Qual a receita que vamos chegar com isso?’ A maioria de nós não sabe responder a essa pergunta”, afirma.

Como defender o valor de um projeto de TI? – CIO.

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