Barreiras de Entrada

Barreiras de entradas é um dos elementos de uma das cinco forças de Michael Porter. Especificamente, as barreiras de entrada estão relacionadas aos novos entrantes, na medida em que facilitam ou dificultam que novas empresas façam parte da concorrência. As outras quatro são forças são: compradores, fornecedores, substitutos e concorrentes. Estas cinco forças devem ser levadas em conta na hora de se analisar a atratividade de um mercado. Também são largamente usadas para fazer análise de tendência. Métodos mais complexos de planejamento veem o modelo de 5 forças como insipiente, mas confiem em mim: ele dá conta do recado total.

BARREIRAS DE ENTRADA

As barreiras de entradas são o conjunto de reações que o empreendedor pode esperar ao querer participar de um novo negócio. Via de regra, são geridas pelos concorrentes já existentes. Segundo Michael Porter, existem seis fontes principais de barreiras e vamos analisar uma a uma:

  • economia de escala: é refletido no baixo custo em detrimento de alta produção. Um novo competidor deve se submeter ao risco de começar com uma escala alta ou aumentar seus custos de produção, tornando a margem de lucro pouco atrativa ou o preço final ao consumidor acima da média de mercado. Também pode ser atingido na medida que empresas já atuantes em um mercado rateiem custos conjuntos ou de produção vertical.
  • diferenciação do produto: é quando as marcas já concorrentes em um determinado nicho já estabeleceram uma relação de proximidade com o consumidor, a ponto de tornar dificil a identificação de uma nova marca atuando no segmento.
  • necessidade de capital: a necessidade de se investir grande soma de recursos para entrar em um determinado mercado é uma das barreiras mais comuns para novos entrantes. Investir grandes somas em P&D ou necessitar de capital de giro em excesso para competir em um determinado mercado faz boa parte dos empreendedores se esquivarem de alguns nichos específicos de negócios.
  • custos de mudança: são percebidos pela necessidade de investimento que o consumidor é compelido a fazer no momento em que opta por trocar de fornecedor. Custos com novo treinamento, equipamentos auxiliares ou custos de relacionamento entre fornecedor e comprador são muito comumente estabelecidos para preservar o cliente da tentação de um novo entrante.
  • acesso aos canais de distribuição: é comumente imposto ao escoamento logístico do produto, podendo inviabilizar um novo empreendimento pelo custo ou acesso. Geralmente a barreira é imposta quando há restrição aos canais de distribuição e estes já estão dominados pelos concorrentes tradicionais.
  • desvantagens de custo em detrimento da escala: as empresas estabelecidas podem encontrar situações favoráveis de custo que não estejam relacionados a escala. Alguns exemplos são: posse do copyright sobre o que será desenvolvido ou sobre o processo de desenvolvimento do produto, local privilegiado, favorecendo o escoamento da produção, subsídios oficiais advindos de linhas de investimento, curva de aprendizado, entre outros.

APLICAÇÃO

A análise das cinco forças, em especial das barreiras de entrada, é fator determinante na decisão do empreendedor por tomar a frente e investir em um negócio ou considerar os riscos envolvidos. Geralmente, barreiras de entrada mais altas garantem mais condições de sucesso para aqueles dispostos a vencê-las. Mercados que envolvem este tipo de investimento não são, definitivamente, feitos para amadores ou empreendedores aventureiros.

Por outro lado, cabe considerar a mobilização dos antigos players em um determinado nicho para conseguirem elevar as barreiras de entrada. Influencias diretas no cenário, orquestradas a partir da influencia em associações, sindicatos, governo ou através da ação coordenada das empresas, pode garantir que o mercado se restrinja aos atuais players.

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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