Bancos são confiáveis para guardar dados digitais, diz estudo

A maioria dos usuários de serviços bancários hoje usa internet para consultar saldos e realizar transferências, de acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Mas a febre da mobilidade vai evoluir esse cenário. Segundo pesquisa global realizada pela Cisco, clientes querem que os bancos ofereçam assessoria financeira e serviços bancários tanto via canais virtuais quanto físicos, dando início a uma nova era do multicanal.

Paulo Abreu, diretor de Estratégia da Cisco Internet Business Solutions Group (IBSG), observa que ainda existem medos para uso do canal virtual. “Há preocupação significativa com privacidade, segurança e roubo de identidade. No Brasil, 51% apontaram esse item.”

Ainda assim, quando perguntados para quem eles confiariam informações confidenciais, 54% dos clientes no Brasil permitiram que as instituições financeiras guardem suas informações digitais, à frente do governo (14%), empresas de telecomunicação (8%), e sites de mídia social (9%).

No mundo, 42% dos clientes consideram os bancos as instituições mais confiáveis para serem guardiões de suas informações digitais, à frente do governo, 19%, empresas de telecomunicação, 6%, e sites de mídia social, 4%.

“É, de certa forma, esperado esse resultado porque a informação mais sensível que a pessoa tem é financeira e o banco já sabe lidar com dados sensíveis há anos”, diz.

O levantamento realizado em oito países, incluindo o Brasil, com 5,3 mil consumidores apontou que, em solo nacional, à medida que o acesso à internet continua a avançar via dispositivos móveis, a mobilidade está rapidamente emergindo como canal bancário. As tarefas preferidas são acompanhamento de despesas em tempo real, gestão pessoal de finanças e pagamentos apontados por 13% dos clientes no Brasil.

De acordo com a pesquisa, 88% de todos os que preferem usar meios móveis para esses serviços no País são da geração Y ou da geração X, e 84% estão familiarizados com a tecnologia.

“Com os smartphones ganhando espaço no mercado, esses números poderão ser maiores. A infraestrutura de rede ainda é um desafio, mas as operadoras vão acompanhar o ritmo e aprimorar o acesso móvel em conjunto com o governo e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)”, avalia Abreu.

Por outro lado, o social banking, uso das redes sociais para operações bancárias, ainda não está no topo da lista de desejos.  “Somente 2% dos entrevistados no Brasil, comparados a 1% daqueles que residem em países desenvolvidos e 8% em mercados emergentes, indicaram preferência pelo uso do canal”, diz Abreu. “Redes sociais é um pilar importante na estratégia bancária, mas é pouco explorada, já que é usada para divulgar informações”, aponta.

Em solo nacional, 82% dos clientes preferem usar os aplicativos web dos bancos para operações como pagar e gerir contas e verificar extratos, mas a próxima geração de serviços bancários na web incluirá videoconferência e compartilhamento de documentos. “No canal virtual há falta de personalização, olhar nos olhos, conversa com um especialista. O vídeo deverá suprir essa necessidade”, indica  Abreu.

Fim das agências?

Ainda que a web seja o canal predileto, segundo a Cisco, as agências não vão desaparecer. “Agência é muito importante e vai continuar existindo em novo formato, unindo virtual com o real”, explica o executivo.  A pesquisa indica que esse ainda é o meio mais buscado para atendimento pessoal, assessoria e novos serviços.

Por aqui, 13% dos clientes afirmam que deixariam seus bancos caso consultores e assessoria pessoal fossem eliminados da sua agência bancária e 92% dizem que têm interesse de agências bancárias que ofereçam e ampliem a carteira de serviços financeiros e de assessoria [educação financeira, jurídica, contábil, de impostos e seguros]. Esse número está acima da média mundial de 65%.

Em todo o mundo, 56% dos clientes de países desenvolvidos e 81% dos clientes de mercados emergentes preferem entrar em uma agência bancária para receber atendimento personalizado e uma boa assessoria financeira, assinala o estudo. De forma geral, os consumidores querem usar todas as opções disponíveis físicas e virtuais.

Fonte: Computer World

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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