9 mitos dos processos seletivos de estágio e trainee

Saiba como uma simples mudança de postura e pensamento pode ajudar durante um processo seletivo de estágio e trainee.

Veja abaixo a seleção dos 9 mitos, baseado na minha experiência:

1. “Estudei em uma universidade pública e, por isso, estou muito à frente daqueles que fizeram particular”.

Eu diria que isso é um “mal” comum entre os candidatos que se formaram nas melhores universidades do país que, na maioria, são públicas. Temos (me incluo nessa) a falsa impressão de que o diploma de uma determinada instituição nos dá anos-luz de distância em relação aos concorrentes que não conseguiram estudar lá. Mas o tempo e a experiência foram me mostrando que não é a universidade que faz o profissional e sim, o profissional que faz a universidade. Por isso, tome cuidado na sua postura perante os outros, afinal de contas, a humildade sempre é valorizada.

2. “O intercâmbio que fiz é um grande diferencial que tenho em relação aos concorrentes”.

O que eu mais escutava durante as dinâmicas de grupo eram pessoas dizendo que fizeram intercâmbio nos EUA, Canadá, Europa, etc. A experiência internacional conta sim, bastante, na formação da pessoa, mas não acredito que a viagem, por si só, gera um diferencial nos tempos atuais (talvez isso tenha sido verdade no passado, quando a viagem ao exterior era para pouquíssimos).

Na minha opinião, o que é mais relevante relatar sobre a viagem não é o destino nem o que fez, e sim os aprendizados que você teve por meio dela. Que tipo de dificuldades que teve e o que fez para superá-las? Em que aspectos isso contribuiu para o seu amadurecimento? Acho que vale uma boa reflexão sobre isso.

3. “Já trabalhei em grandes empresas, por isso tenho uma enorme vantagem sobre aqueles que trabalharam em empresas de menor porte”.

A experiência prévia em grandes companhias causa sim uma boa impressão, pois mostra que o candidato já passou por um processo seletivo rigoroso. Porém, ninguém ganha o jogo baseado em conquistas passadas. Você tem que mostrar naquele momento que é realmente o candidato a ser escolhido.

4. “Apesar de estar no nível intermediário, vou falar que tenho inglês avançado ou fluente”.

Essa é uma das piores armadilhas que você pode montar para si mesmo. Mentir sobre a fluência em um idioma pode causar sérios constrangimentos e realmente “queimar o filme”. Se você afirmar que é fluente no inglês, esteja preparado para ser testado, principalmente, em uma entrevista com um executivo de alto escalão. Isso também vale para outros idiomas, pois já presenciei colegas de trabalho testando o espanhol e até o chinês de candidatos!

5. “Para ser aprovado, tenho que mostrar iniciativa, por isso serei sempre o primeiro a falar. Além disso, falarei mais do que os outros”.

Ser o primeiro a levantar a mão ou falar mais do que os outros não é o mais importante. Da minha experiência, posso dizer que o que conta mais é a qualidade dos seus argumentos na discussão em grupo e a relevância da sua contribuição no trabalho final. É até perigoso falar demais porque você pode estar inibindo a participação dos outros e o trabalho em equipe requer que a opinião de cada um seja escutada.

6. “Tenho que ficar atento com a minha postura corporal porque estão avaliando se cruzo os braços, olho para baixo etc”.

O importante aqui é ter uma postura, minimamente, aceitável para a situação. Por isso, evite ficar “deitado” na cadeira, dormir (eu já vi!), conversas paralelas o tempo todo etc. Agora, eu sou cético quanto a precisão de uma avaliação que leva em conta se a pessoa cruza o braço, olha para cima ou para baixo etc. Há sim um fundamento por trás disso (os psicólogos podem explicar melhor), mas acho que há critérios mais importantes que são avaliados naquele momento.

7. “Para ser aprovado, preciso mostrar liderança, por isso logo no início vou tomar as “rédeas” do grupo”.

Uma empresa não é feita só de líderes. A diversidade de perfis e competências é o que faz um time ser mais completo e gerar melhores resultados. Por isso, não fique limitado a querer ser o líder do grupo, pois isso pode não acontecer e você poderá se frustrar e comprometer o seu desempenho. Nas dinâmicas que participei e passei, raramente eu fui o líder, me preocupei mais em contribuir de forma valiosa no contexto do grupo. Cabe a cada um identificar o seu perfil. Não tente ser alguém que não seja você, pois isso é rapidamente notado pelas pessoas, principalmente, pelos avaliadores.

8. “Tenho que usar palavras sofisticadas para causar boa impressão”.

Eu, pessoalmente, sou contra o excesso de vocabulário corporativo. Ser formal não significa falar difícil. Mas existem situações que exigem a utilização de palavras mais sofisticadas como, por exemplo, em uma discussão mais técnica sobre um determinado assunto. Acho que aqui vale o bom senso de cada pessoa.

9. “O que conta é a essência e não a aparência, por isso não vou me preocupar tanto com a roupa”.

Não há dúvidas que a essência tem maior peso na avaliação (ou pelo menos deveria ter). Mas isso não significa que o candidato possa ir de forma desleixada às etapas presenciais. Não basta só ser, também tem que parecer. Por isso, dedique um tempo para se arrumar: penteie o cabelo, passe um desodorante e evite usar roupas muito informais ou extravagantes como, por exemplo, tênis, meias coloridas (eu já vi!), paletó verde entre outros.

Fonte: Site Administradores – Byong Kang

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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