10 CIOs relatam decisões de carreira das quais se arrependeram

O lado positivo do fracasso

“No mundo corporativo, fracasso é palavrão e ninguém quer falar sobre isso”, disse Steve Schlecht, CEO da Duluth Trading Company. Schlecht conhece bem o assunto. Sua carreira empreendedora começou quando ele comprou duas lojas de pneus que provaram ter péssima localização, o que o forçou a abrir um negócio de fornecimento agrícola por catálogo em paralelo, negócio que decolou e ele logo vendeu. O conselho dele: “Ao fracassar, admita e siga em frente”.

Mas, para a maioria das pessoas, falar é mais fácil do que fazer. Por isso, minha pergunta favorita no CIO Profiles, da InformationWeek, é sobre “decisões de que me arrependo”. Onde eu esperava ver muitas respostas em branco, me surpreendi ao ver CIOs compartilhando detalhes específicos e dando exemplos pessoais.

A coluna CIO Profiles faz diversas perguntas a líderes de TI cujas empresas tem alta pontuação na lista das 500 mais inovadoras da InformationWeek. Talvez não seja coincidência que os líderes mais bem sucedidos sejam os mesmos que respondem honestamente sobre seus erros.

Esta é a terceira vez que coletamos as respostas dessa pergunta sobre arrependimentos; fizemos isso no ano passado e em 2010. Na lista desse ano, temos os CIOS da Levi Strauss, Vail, Walgreens e PACCAR (que estão no topo das 500 empresas da lista da IW), entre outras. Alguns desses arrependimentos são extremamente pessoais, focados em opções de carreira ou na repercussão pessoal do sucesso do negócio. Alguns desses desejos de “fazer de novo” focam em estratégia, desde como usar outsourcing até ser ou não early adopter de certa tecnologia.

Para gente, é uma chance de ler e aprender.

Steven Haindl, da Automotive Resources International, formalizou essa abordagem e tem reuniões semanais para discutir os erros cometidos por sua equipe e como aprender com eles:

Decisão da qual me arrependo:
No começo da minha carreira eu não reconhecia o lado positivo do fracasso. Quando eu cometia um erro, eu ignorava ou, pior, escondia. Hoje eu enfatizo a importância de aprender com cada erro. Toda semana, minha equipe tem uma reunião para falar sobre os problemas e os acidentes de gerenciamento para identificar as áreas em que podemos melhorar.

Evite a tristeza de terceiros
Decisão da qual me arrependo
:
Robert Urwiler, da Vail Resorts: às vezes, quando cedo o controle de um esforço significativo para terceiros, eu me arrependo dos resultados. O que eu aprendi é que funções centrais e projetos complexos de execução precisam de supervisão interna direta. Não tem problema usar serviço terceirizado para ajudar a equipe quando necessário, mas o controle deve fica com profissionais conhecidos e de confiança.

Viagens têm seu preço
Decisão da qual me arrependo
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Tim Theriault, da Walgreens: Eu me arrependo de ter permitido que a demanda de viagens globais tomassem tanto tempo. Parece glamoroso, mas não é.

Ser um seguidor muito rápido
Decisão da qual me arrependo
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Tom Peck, da Levi Strauss: Com mais frequência do que deveria, optei por uma abordagem early-adopter de novas tecnologias. Descobri que os riscos pesam mais do que os possíveis benefícios, na maioria das vezes. Hoje prefiro ser um seguidor, a não ser que exista um benefício extremamente claro.

Não adia voltar a estudar
Decisão da qual me arrependo
:
Kyle Quinn, da PACCAR: No começo da minha carreira, pensei em voltar a estudar e fazer MBA, mas decidi que poderia adiar por um tempo. Quinze anos depois, resolvi me comprometer com isso. Tanto a experiência acadêmica como as habilidades que adquiri são muito mais valiosas do que poderia imaginar. Faça isso logo no começo de sua carreia, não adie.

Dose as necessidades familiares
Decisão da qual me arrependo
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Steve Hannah, da CRST International: Muitas vezes, é difícil dosar o desejo por crescimento profissional e as necessidades de sua família. Eu tenho a sorte de ter suas filhas maravilhosas e uma esposa muito compreensiva, que teve de fazer muito malabarismo para apoiar minha carreira. Eu me arrependo de não ter dado mais atenção às necessidades delas ao tomar minhas decisões. Peça e ouça a opinião de sua família em vez de apenas focar em novas oportunidades.

Seja paciente
Decisão da qual me arrependo
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Chris Corrado, da Asurion: Deixar a empresa depois de 12 anos porque me tornei impaciente. Eu poderia ter esperado mais pelos efeitos causados pelas mudanças necessárias realizadas pelo gerente sênior no aprimoramento do nosso modelo operacional. Em retrospecto, não foi a decisão mais acertada que já tomei – embora os resultados tenham sido uma lição valiosa e tenham me ajudado a me tornar um gerente mais eficiente nos mercados internacionais.

Abrace web software
Decisão da qual me arrependo
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Rick Peltz, da Marcus & Millichap Investment Services: profissionais de serviços financeiros, incluindo eu, desenvolveram e criaram soluções para desktop por muito tempo. Deveríamos ter mudado para soluções baseadas em web para múltiplos sistemas operacionais há muito tempo.

Refine o processo de seleção
Decisão da qual me arrependo
:
Galen M. Metz, do Grupo Health Cooperative do Centro-Sul de Wisconsin: por mais que eu mantenha um bom histórico com decisão de pessoal, eu me arrependo de uma ou duas contratações. Uma delas pediu demissão depois de um dia de trabalho por “choque cultural”. Ela veio de uma empresa grande e regimentada, nós éramos uma empresa de médio porte, ágil e inovadora. Ela não se sentiu à vontade nesse ambiente. Nosso processo de contratação agora é mais extenso e inclui análise cultural.

Considere – de verdade – a opinião de sua equipe
Decisão da qual me arrependo
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Brook Walsh, da GreenStone Farm Credit Services: Eu me lembro de tomar uma decisão sem levar em consideração a perspectiva da equipe completa. Eu fui pela maioria, mas não levei em consideração quem fazia, diretamente, o trabalho. Eu achei que ao incorporar a opinião dos gerentes, capturava a opinião de todos, e eu estava errado.

Fonte: Information Week

Sou bacharel em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (Alagoas), especialista em Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação pela Univ. Gama Filho (UGF) e pós-graduando em Gestão da Segurança da Informação pela Univ. do Sul de Santa Catarina (UNISUL). Certificações que possuo: EC-Council CEH, CompTIA (Security+, CySA+ e Pentest+), EXIN (EHF e ISO 27001), MCSO, MCRM, ITIL v3. Tenho interesse por todas as áreas da informática, mas em especial em Gestão e Governança de TI, Segurança da Informação e Ethical Hacking.

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